Vermelho escreve-me adensamente

Vermelho escreve-me adensamente no corpo criado pelo sorriso de uma flor

sábado, 26 de dezembro de 2009

Aqui

Querer estar aqui. Isso já é o bastante para mim.
Sentir isso que está pulsando e cada vez mais forte me chamando pra dançar.
E eu vou. E danço, danço, danço...
Quantas vezes me chamarem estarei lá,
minhas veias borbulhantes, meu sangue fervendo e correndo dentro de mim.

Essa doce contenção de transbordar.
Isso é tudo que me move agora.

Rodopiar no meio do salão e verter sangue em mim mesma....

Em feitio

Fui caminhando, abrindo as janelas do coredor imenso. Panos brancos e cortinas nas janelas.
Sentia apertar os nós da garganta, agora já espalhados pelo corpo todo. Aquela sensação de não-estar.
Momento branco de vida. Momento não passado.
Todos os arredores indicavam que algo estava acontecendo.Apenas para mim a vida estava imersa. Não sabia com alcançar aqueles corpos em festa. Enxergava apenas o branco
das cortinas.
Nehuma fresta, nenhuma luz.

Finitude

Infinitamente- infinitamente solta- Em liberdade aquele grito mataria à mim e à ti.
Entende porque não é hora de gritar? Porque estamos presas ainda
Presas a algo que não é nosso ainda.
M
as que será. E aí sim, na boca do furacão de mãos dadas
Pediremos de graça
Toda a felicidade
Num copo de aguardente e mel.