Vermelho escreve-me adensamente

Vermelho escreve-me adensamente no corpo criado pelo sorriso de uma flor

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

reinvento

de ventanias me desfaço em pés descalços vou voar
num pé de manga vou deita e cantar pro Sol dormir

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Gosto

Mesmo que seja eu

Sei que você fez os seus castelos
E sonhou ser salva do dragão
Desilusão meu bem
Quando acordou estava sem ninguém
Sozinha no silêncio do seu quarto
Procura a espada do seu salvador
Que no sonho se desespera
Jamais vai poder livrar você da fera
Da solidão
Com a força do meu canto
Esquento o seu quarto pra secar seu pranto
Aumenta o rádio me dê a mão
Filosofia é poesia é o que dizia a minha vó
Antes mal acompanhada do que só
Você precisa de um homem pra chamar de seu
Mesmo que esse homem seja eu
Um homem prá chamar de seu



Agosto por ser assim é bom para pensar, talvez por que ele próprio com todos os seus tons nos faça sentir esse gosto do amargo e do doce juntos no fundo da garganta. Essas funduras que só um gosto refinado sente quanto mais se busca não sentir. E quanto menso se espera mais se pode gozar do privilégio da surpresa.

Ao contrário de aceitar as predições,
vou desenhando nesse céu sem nuvens meus desejos e vou contando de outros reinos pra ver se ele se encanta e escolhe minha casa para aconchego. encantando o agosto meu.


Mas aí vem outros gostos e percebo que o agosto de cada um me toma o paladar e revira minha vida, sempre. Gosto do agosto manchado desses gostos peculiares que espero inconscientemente todos os anos. Então que venham e que eu os multiplique em gostos distintos e desfeitos.

Desafio o agosto a ser só um e voltar todos os anos para reinar na minha boca.