Vermelho escreve-me adensamente

Vermelho escreve-me adensamente no corpo criado pelo sorriso de uma flor

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Por quanto tempo me desfaço
Me faço no ar como o lago que alcança a margem
sem esperar que a Lua o cubra na noite de breu
Pensar no que não está escrito e deixar-me ser apenas
Na Luz, contra-a-luz
Me desfaço no ar e minha pele
pêlo do meu sangue que ainda arde
Me refaz
De tudo que mais será
pousado na pele lâmina do vento

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